09 julho, 2013

E repentinamente a classe médica ficou tão interessada no bem estar da população

E repentinamente a classe médica ficou tão interessada no bem estar da população não?? Nossa os cubanos não são profissionais qualificados para atender um plantão, não são qualificados para atender a sociedade...e etc etc etc!!
E desde quando eles se importaram?? Desde quando os médicos estão interessados em qualidade em isso ou aquilo? Quanto tempo um clinico fica com um paciente no posto de saúde??
Alguém já viu ou ouviu falar de um protesto médico por melhores condições de trabalho?? Eles já fizeram barulho pra melhorar as instalações, para ter medicamentos, ambulatórios e etc??
Raro não???

Um monte de clínicos brasileiros só sabem ler exames e solicitar exames, se não tem exame ele não pode fazer nada porque ele não sabe ou não se interessa.

Eu não acho que os estrangeiros resolvam alguma coisa, mas o brasileiro não tem vontade e não tem interesse e há muitos lugares que não tem médicos e faltam enfermeiros e biomédicos e etc, também não sou a favor de dar tudo de graça para alguém que vai ser remunerado para trabalhar, quer casa? comida? não quer pagar impostos??? em que mundo você vive meu filho, é assim que as pessoas vivem. O lance é capitalista mesmo, a briga é corporativista e não social.

Alguém já tentou marcar uma consulta com um neurologista, imunologista, oncologista, com um cirurgião vascular ou com um otorrino numa cidade com menos de 30 mil habitantes?? estou falando de você pagar do seu bolso mesmo, nem falo do SUS. Tente então!!! faça esse teste...

Nos hospitais então o descaso é uma coisa impressionante!!! tem profissionais bons e maus em toda profissão, tem péssimos advogados, dentistas, engenheiros e tudo o mais por aí. Porém se bem pago esses profissionais se importam em fazer um trabalho muito bem feito.

Se você pegar 100 médicos que atendem um hospital público, talvez 2 deles realmente se importem. Os demais fazem o que tem em mãos. Lutar mesmo, nenhum luta.
É uma classe que pode fazer barulho, se eles realmente estivessem interessados numa saúde de qualidade eles poderiam gritar e escancarar a publico todos os problemas de saude local em todos os locais que atuam, mas não fazem, não se interessam em resolver.

Não vão resolver o problema importando uns cubanos porque os daqui vão fazer de tudo pra eles nao exercer bem a sua função. Notem como vai haver conflitos na classe por aí. Acho que poderia resolver o deficit se o Estado facilitasse com bolsas de estudo para profissionais da saúde.
Um curso de medicina, odonto, biomedicina, enfermagem e etc custa muto caro. 

O Estado poderia fazer da seguinte forma: financiem xxx bolsas de estudos em estados e regiões onde há maior carência de profissionais na área de saúde, a partir de 2015 todo aluno aprovado em uma IES em odontologia, medicina, enfermagem, psicologia, nutrição, biomedicina, farmácia e fisioterapia (citei apenas os que eu lembrei) poderia solicitar junto ao mec uma bolsa integral de estudos sem complicações...(note o sem complicações), POREM quando o estudante finalizar os estudos SERIAM OBRIGADOS a trabalhar para o ESTADO por um determinado período. Como pagamento da bolsa de estudos. Afinal você estudou com recurso público, nada mais normal que devolver ao Estado.

Note aqui a diferença do que nossa estadista propôs, o Estado te dá uma opção  não uma obrigação, o governo não está obrigando, ele está te dando uma opção caso você não consiga uma vaga numa Facudade Federal ou Estadual e não tenha recursos financeiros para pagar, você recebe do estado e devolve ao governo ao fim do curso.
Resolveria o problema da escassez de profissionais em algumas áreas. Mas não resolveria o problema da saúde.

Existem vários programas de bolsas, mas esbarram na burocracia e muitos não conseguem.
Acho assim muito mais eficiente que obrigar um recem-formado medico a trabalhar forçado por dois anos pro sus, mesmo recebendo uma grana alta.

7 comentários:

  1. Iara, um dos problemas é que os médicos NÃO querem trabalhar nas periferias ou no interior do país. Preferem ficar nas cidades grandes. Por isso a falta de médicos em determinadas regiões.
    Poucos, mas poucos mesmo querem sair do conforto da cidade grande e sério, eu não os culpo, porque eu mesmo não me imagino trabalhando fora de Sampa.

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    1. Eu nao recrimino nao querer ir, eu recrimino criar todo tipo de problema para trazer gente de fora, seja boliviano, peruano, cubano ou quaisquer que sejam.

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    2. Na periferia da cidade do Rio de Janeiro falta médico, mas não porque é distante do grande centro, é porque não querem ser responsabilizados pela morte de pacientes por falta de estrutura para trabalhar.
      Iara, antes de todo esse reboliço do governo para anunciar que estaria contratando médicos estrangeiros, os médicos - cerca de dois anos atrás - sairam em passeata pela avenida paulista reclamando dos planos de saúde, tipo Unimed, que cobram horrores dos pacientes e pagam valores ridículos para os médicos, além de atrasarem pagamentos. O que o governo fez? Nada! E sabe porque? Justo por causa dessa bendita copa, já que a Unimed é uma das maiores patrocinadoras dos times.
      E não é somente a saúde que vai mal nesse país... a culpa são dos profissionais ou desse (des)governo incompetente?

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  2. Eu pergunto também: por que só agora é que se quiseram mudar? O texto tá um primor. Faz tempo que Iara não trazia textos tão... tão assim! Vou torcer para outros eventos semelhantes só para ler mais Iara!

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  3. Anônimo7/10/2013

    Acho que os médicos, assim como toda a população, estava naquela mesmice de criticar o governo, bem como dizer que não há plano de carreira no SUS e continuar sentado em casa. Crieo que eles aproveitaram todas essas manifestações para ir contra esta decisão do governo tb. Mas gostei da reflexão e concordo com o médicos, não há necessidade de trazer gente de fora.

    Amei seu cantinho, dê uma passada no meu assim que puder...

    Beijos!

    http://devaneiosdeju.wordpress.com/

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  4. Ao contrário do exame da OAB, o último exame realizado pelo governo federal, que avalia os estudantes do último ano dos cursos de medicina, constatou o que todo mundo já sabe: 70% dos estudantes que prestaram a prova não souberam avaliar/diagnosticar um caso clássico de peneumonia. Detalhe: a prova não era obrigatória, só prestou quem se sentiu competente para tanto.

    Não é que os resultados foram propriamente ruins, foram péssimos. Não tenho a menor sombra de dúvida de que nossos estudantes em sua IMENSA MAIORIA não conseguiriam passar no exame que valida o diploma de profissionais de fora, interessados em trabalhar no nosso país.

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  5. Anônimo8/27/2013

    Minha única preocupação, no momento, são com os profissionais cubanos. Falo sério. É que esse sistema de contratação é quase escravo. Afinal, o pagamento será feito a Cuba, que decidirá quanto vai repassar aos médicos!

    Gostei do espaço. Seguindo!

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