Quando as barbáries se tornam normais e viram cotidianas
Oi pessoas,
Tem horas que penso que virei um robô ou uma máquina qualquer sem o menor sentimento. Porque?? Simples, termina ano e começa outro e acontecem mais desgraças, mais tragédias, mais violências, mais arbitrariedades e tenho a sensação que nada mais consegue me deixar perplexa.
E isso me mata de medo, tenho comigo que o diferencial do homem pro animal da selva é que nós externalizamos nossos medos e sentimentos, o homem precisa sentir medo, dor, culpa, ressaca moral, isso faz a diferença entre um e outro, precisamos acreditar que o bem vence o mal e que há gente boa, honesta e valores pra seguirmos.
Mas essa massificação da informação faz tudo virar um show televisivo que acaba passando-nos uma impressão que o mundo virou de cabeça pra baixo e tudo isso é normal, parece que tudo está tão banal, tenho a impressão que nada mais me comoverá.
Beijos da iara.
Créditos da imagem para o Blog Central de Noticias.
Tem horas que penso que virei um robô ou uma máquina qualquer sem o menor sentimento. Porque?? Simples, termina ano e começa outro e acontecem mais desgraças, mais tragédias, mais violências, mais arbitrariedades e tenho a sensação que nada mais consegue me deixar perplexa.
Tenho a sensação que não haverá mais nada que conseguirá tocar meu coração e fazer eu me perguntar “afinal que país é esse? Que mundo é esse? Por onde anda Deus??”.Digo isso porque não me abalei nenhum pouco com aquele acidente de avião da Tam, nem com o caso da Isabela Nardoni, ou com o caso Eloá e nem com as cenas comoventes que a TV mostraram das inundações em SC.
E isso me mata de medo, tenho comigo que o diferencial do homem pro animal da selva é que nós externalizamos nossos medos e sentimentos, o homem precisa sentir medo, dor, culpa, ressaca moral, isso faz a diferença entre um e outro, precisamos acreditar que o bem vence o mal e que há gente boa, honesta e valores pra seguirmos.
Mas essa massificação da informação faz tudo virar um show televisivo que acaba passando-nos uma impressão que o mundo virou de cabeça pra baixo e tudo isso é normal, parece que tudo está tão banal, tenho a impressão que nada mais me comoverá.
Beijos da iara.
Créditos da imagem para o Blog Central de Noticias.
O problema da imprensa é a premeditada falta de profundidade. Exemplo, o que se esconde por trás da tragédia de Santa Catarina? Alguns dos políticos mais corruptos deste país que permitem todos os crimes ambientais naquele estado. Nardoni? O terror da agressão à criança que nunca foi corretamente diagnosticado. Marcelo Silva o traficante? O mundo das drogas invadiu completamente o mundo fashion, é mais sabido do que andar para frente, o estabelecimento de relações amorosas entre traficantes e consumidores de dorgas.
ResponderExcluirTAM? Este é o menor dos nossos problemas. Então por isso estamos insensibilizados, porque a imprensa mais acoberta do que revela, mantendo as coisas num nível insuportável de superficialidade, nos nocauteia os sentidos às coisas realmente graves que devoram a nossa carne.
Iara,
ResponderExcluirTambém não costumo me emocionar com estes causos que a imprensa adota, mas às vezes uma noticiazinha qualquer me deixa completamente tonta de emoção.
Hoje, vindo para casa, ouvi que um pedófilo nos eua foi preso porque uma garotinha de 9 anos escreveu uma carta ao Papai Noel pedindo de presente que não fosse mais tocada pelo homem mau. A carta foi entregue na escola, lida e as providências tomadas.
Fiquei pensando em tudo o que a menina (e sua irmã que também era molestada) passaram e a alegria delas pelo fim do pesadelo e fiquei realmente feliz.
Beijos
Eu também não consigo me comover. Mas acho que nós até que somos normais. Acho mais estranhas as pessoas que acompanham “religiosamente” casos desse tipo e sabem de todos os detalhes. Além de ser perda de tempo é uma incrível demonstração de masoquismo.
ResponderExcluirDos casos que você citou, com excessão dos acidentes aéreos, que são de interesse comum, já que todos nós estamos sujeitos a eles (seja estando dentro do avião ou sendo atingido por um deles), os outros casos de desgraça alheia que você citou não são notícias, pelo menos não segundo o que aprendi nesses anos de Jornalismo. Histórias assim são, no máximo, reality shows de péssimo gosto.
O pior é que a mídia vende como se fosse notícia e alguns acham que acompanhando isso está “bem informado” ou algo similar. Paciência… Haja paciência!
Dentre tantas coisas que escrevi, escrevi sobre esse assunto neste post: http://so-pensando.blogspot.com/2008/12/profundidade-e-o-alcance-das-palavras_14.html
ResponderExcluirBjus.
http://so-pensando.blogspot.com
Eu sou pessimista, fatalista, apocaliptico e cinico... assim, tudo isto é esperado e previsivel.
ResponderExcluirjá bagunçaram.....o que já tava bagunçado. aí...como os mais antigos costumam dizer:
ResponderExcluir" mexer na Mer....fede!" e foi nisso que acabou...
Eu me comovo, embora seja algo esperado e pouco surpreendente.
ResponderExcluirChorei no caso Isabella, choro em cada barbarie cometida contra uma criança.
Tenho esperança de seres humanos melhores.
Esse é o principal problema da midia, só divulga o ruim e apela.
Para cada desgraça noticiada existe pelo menos três bons exemplos que ficam apagados e no anonimato, se divulgam muitos casos de pedofilia mas pouco a luta contra ela.
É assim Iara, a midia não quer que você saiba que existem coisas boas, que vale a pena se emocionar, é a emoção que nos difere dos animais.
Eu não assisto noticiario, e na internet escolho o que leio, prefiro saber de coisas boas.
Amolece esse coração mulher!!!!
Beijinhos
Isaias Oiii, voltou, que bom!!!
ResponderExcluirTalvez seja isso, porém ás vezes eu já não sei mais em quem confiar ou no que acreditar que seja real, antes um caso como esse marcelo silva nao teria notoriedade a nao ser em revistas de fofocas...agora ...parece que virou 'normal', dá uma sensação que estamos sendo enganados.
Neiva
É porque veio do coração, talvez por isso que ficou feliz.
Helen
Que bom que veio... :D
Olha esse negocio de "estar informado" é uma palhaçada, e o tom da voz do apresentador?? até musica de fundo colocam!!
Daniel
ResponderExcluirobrigada pela visita...to indo lá.
Adao Braga :
Até com seu filho??
nao acredito...o homem precisa acreditar em algo se nao ele fica cego.
ALGUÉM
Obrigada pelo comentário.
Primeiramente, acredito que em casos como o da menina Eloá e, até mesmo, o da Isabela, as pessoas se comovem. O reflexo disso são as longas tentativas de agredir o casal Nardoni. Como estudante de jornalismo, posso dizer que em alguns casos eu também me comovo e choro. Assistindo a imagens do rapaz que foi baleado, o sao paulino, chorei, pois antes de tudo sou ser humano. Só para deixar claro eu não sou são paulina. Entretanto, acontece que para atrair o público eles a imprensa, ou seja alguns veículos, nem todos, priorizam o espetaculo e aí não tem volta. Eu não acredito na profissional Sônia Abrãao, por exemplo, que atrapalhou as negociações do caso Eloá, pois falava diretamente, ao vivo, com Lindemberg no telefone. Eu não acredito cegamente na Globo, afinal noticiou de forma errônea e antecipada a morte da garota.
ResponderExcluirPorém, eu alguma coisa eu devo acreditar, assim como todos, uma vez que precisamos dos profissionais da comunicação para a divulgação de um produto final, embora nós ainda tenhamos conhecimento do que está por trás deles é muito maior, um interesse político, um clube de futebol e assim por diante...
Olha Iaritxa!!
ResponderExcluirFaz tempo que a notícia deixou de ser apenas uma notícia...
hoje em dia já era o jornalismo, e nos seu lugar vem ele: o SHOWRNALISMO!!
eu tbm não me comovo mais, minha mãe acha isso um absurdo, diz que eu estou cada vez mais insensível!!!
mas devemos nos acostumar..vai daí, pra pior!
Olá Iara
ResponderExcluirUma coisa em penso, não existem inocentes, tudo vem do povo, povos com princípios elevados (por exemplo “Escandinávia”) tudo o que sai desse povo respeita esses princípios (policia, políticos, etc), quando os princípios dum povo são menos elevados também tudo o que sai dele apenas é reflexo.
Recordei-me agora duma história dum jornalista brasileiro que foi fazer uma matéria sobre um industria (creio que na Suécia), ele ficou alojado em casa dum engenheiro que trabalhava nessa mesma fabrica, esse engenheiro ia sempre cedo, obvio que o jornalista ia com ele, o estranho é que eram quase sempre os primeiros a chegar a fabrica, o parque automóvel estava vazio, o engenheiro estacionava bem longe da porta de entrada e atravessavam o estacionamento a pé, os outro carros faziam o mesmo.
Ao fim do terceiro dia o jornalista não resistiu, questionou o por quê de estacionar longe quando imensos lugares junto a porta.
Ele respondeu:
Como eu venho cedo, tenho muito tempo, os lugares mais próximos da porta são para os que por qualquer motivo chegam em cima da hora!
Fiquem bem
João Gonçalves